Amiga Mabel de Brasília

colega de trabalho x mãe


Deusina conheço você há vários anos, nem sei quantos. Nunca fomos de conversar muito, nunca convivemos muito e nem nunca fomos  de confidências e nem de comentários especiais sobre as nossas vidas.
Ou seja, acho que tivemos uma relação bem superficial em nossa jornada de trabalho. Nos víamos em reuniões, em discussões de políticas públicas, em seminários, em Conferências da Assistência Social e daí por diante...
Mas, nenhum elo especial foi formado entre nós. Hoje, achei o cartão que você me deu quando da última vez nos encontramos, parece-me que foi em uma loja do Sudoeste, Você me entregou o cartão e falou-me a respeito do seu filho, que eu já sabia que era autista e disse-me: "acesse o nosso site".
E hoje eu tive a oportunidade de acessá-lo.
Ao lê-lo,hoje, compreendi algo. Como as relações de trabalho são superficiais. Trabalhamos exaustivamente, achamos que vamos mudar o mundo, que aquilo que estamos fazendo é a coisa mais importante e nos esquecemos completamente das relaçoes humanas.
Até ler trechos do seu livro, onde você narra com muita sensibilidade, força interior e controle a sua historia com o seu filho, nunca imaginei a luta que você tinha. Por trás da profisional sempre esteve a mãe...É ...acho que você conseguiu chegar até aqui.E com a sua chegada, pelo que eu li, você  trouxe junto outras mães e outros filhos com autismo.
Acho que você conseguiu ajudar outras mães, a bem da verdade acho que o seu livro foi um desabafo para mulheres que enfretam lutas semelhantes. Acho que você conseguiu minimizar o impacto da luta.
Pelo que vi nas fotos seu filho está chegando lá...As raízes que ele teve parece-me que o conduziram as perpectivas de vida que aumentaram a sua força e entusiasmo pela vida!!!!!!!!!!!
Um abraço carinhoso,Mabel